Educação

Jovens cientistas expõem seus projetos na Feira de Ciências de Mossoró

A 15° edição da Feira de Ciências da 12° Diretoria Regional de Educação (DIREC), em Mossoró, numa parceria com a UFERSA , a UERN e a Secretaria de Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer. A Feira de Ciências contou com 145 projetos, divididos em três grandes salas no Hotel Villa Oeste. Participaram em Mossoró 36 escolas da rede estadual de ensino, contabilizando mais de 3 mil estudantes e 200 professores.

São projetos vindos de Mossoró, Baraúna, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Upanema e de Governador Dix Sept Rosado. Mauro Marciel, coordenador pedagógico da 12° DIREC, afirma que a Feira está contemplando muitas áreas de pesquisa diferentes. “Ciências da Saúde, Humanas, Matemática, Linguagens, Ciências sociais aplicadas, as diversas áreas de conhecimento estão aqui tendo trabalhos apresentados”, adiciona Mauro.

Erick, Izac e João Lucas investigaram a causa das quedas de energia elétrica em Tibau/Foto: Eduardo Mendonça

PESQUISAS – Erick, Izac e João Lucas são estudantes do ensino médio e se aventuraram pela área da tecnologia para buscar solucionar um problema de seus cotidianos.  Moradores de Tibau, os alunos investigaram a causa das quedas de energia elétrica que aconteciam frequentemente e prejudicavam os habitantes da região.

Após descobrir que o problema era causado pela oxidação causada pela maresia às estruturas que transmitem a energia, os estudantes desenvolveram mais de uma proposta para lidar com isso. Programaram um sistema que pode alertar quando os cabos param de levar energia, podendo avisar aos funcionários e a população sobre possíveis quedas. E também desenvolveram um material que possui maior resistência à oxidação do mar, para envolver as caixas de energia.

Eduarda trabalhou com literatura para aumentar o vínculo com a leitura/Foto: Eduardo Mendonça

Já Eduarda Beatriz e o seu grupo seguiram pelo campo da Linguagem para solucionar um problema que notavam em sua escola. “A gente via dificuldade em fazer projetos, onde os alunos tinham uma visão muito distorcida sobre livros clássicos e a literatura brasileira” relata a estudante sobre a difícil relação entre os estudantes de sua escola e os livros.

Para solucionar isso, os estudantes criaram um formulário para traçar perfis de leitura, que poderiam indicar que livro seria adequado para cada aluno. Através disso, o grupo direcionou livros com estilos de leituras correspondentes às respostas e acompanhou as opiniões que os estudantes davam sobre eles. Com esse projeto, Eduarda objetiva fazer com que os estudantes criem vínculos com a leitura.

Grupo de Maria Ariadna criou um modelo palpável de estruturas celulares para deficientes visuais/Foto: Eduardo Mendonça

INCLUSÃO – Inclusão social e acadêmica para pessoas com deficiência foi uma temática explorada por muitos estudantes em seus projetos. A estudante Maria Ariadna, junto com o seu grupo, criou um modelo palpável de estruturas celulares para deficientes visuais. “No Brasil, a educação é garantida por lei, só que o deficiente visual não tem acesso a muitos materiais, dificultando sua aprendizagem”, diz Maria sobre a importância de seu projeto.

“As contribuições da escrita em sinais para a alfabetização dos surdos em Libras” foi o tema do projeto de Iara, Breno e Edna. Os três estudantes são surdos, e apresentaram seu projeto em Libras, com a intérprete Tayane vocalizando suas explicações. Além da pesquisa, os estudantes produziram um material didático para o aprendizado da escrita em sinais.

A Feira de Ciências para Todos do Semiárido Potiguar é a próxima fase para os projetos que forem selecionados. O evento está programado para os dias de 25 a 27 de outubro, no Expocenter, localizado no Campus Leste da UFERSA, em Mossoró.

Com informações – UFERSA

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