Campeã internacional, Amanda Freitas se destaca no Jiu Jitsu feminino em Mossoró
Natural de Limoeiro do Norte-CE, Amanda Freitas ingressou no Jiu Jitsu em 2013, em um projeto social em sua cidade natal.
Há quatro anos, ela se mudou para Mossoró para cursar Zootecnia na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), mas sem deixar o esporte de lado.
Atualmente, Amanda é bolsista em um programa dentro da universidade, que ensina o Jiu Jitsu para alunos, servidores e a comunidade externa, sob a coordenação do professor João Marcelo Antunes. Em 2022, ela iniciou uma turma de treinos exclusiva para as mulheres.
-O Jiu Jitsu necessita de mais mulheres praticando. Abri um projeto na Ufersa e tenho em torno de 20 meninas treinando ao longo da semana. Para atrair mais meninas para o esporte, tento organizar aulões pra que a gente possa se unir e fazer com que cresça mais ainda – destacou.
Além do projeto na universidade, a atleta cearense também faz parte da equipe Brazilian Top Team (BTT), em Mossoró.
– Resolvi ir para BTT pois era uma equipe da cidade que facilitaria meus treinos e competições -enfatizou.
Apesar de jovem, aos 21 anos, Amanda possui um currículo com várias participações em grandes eventos. A mais recente aconteceu no último fim de semana, no Salvador Fall Internacional Open, em Salvador-BA, e marcou a sua primeira conquista internacional como campeã na faixa marrom.
-É sempre difícil lutar campeonatos de alto nível, mas pra ser o melhor tem que lutar com os melhores. Significa muito pra mim, pois é muito difícil chegar em outros estados sem apoio financeiro. Me preparei mais de um mês junto com meus companheiros de equipe pra ter a melhor performance. Agradeço a todos da minha equipe que se uniram e conseguiram fazer com que eu chegasse no Salvador Open – destacou.
Como atleta e instrutora, Amanda ressalta a importância do incentivo ao Jiu Jitsu feminino nas academias, para que o esporte possa crescer ainda mais e atrair novas atletas.
– As academias precisam abrir turmas femininas e divulgar para que atraiam mais mulheres. As vezes ficamos sem lutar por não ter meninas na categoria, então quanto mais meninas treinando, mais estarão competindo, respectivamente. Isso gera aumento nas premiações, visibilidade e leva o esporte ao mais alto nível – concluiu.