Economia

Economia: como reduzir o endividamento das famílias em 2023

2022 está chegando ao fim com o desafio associado ao forte endividamento das famílias. Seja pela sua extensão, em torno de 80% das famílias brasileiras estão endividadas (dado do Banco Central), pelo perfil do endividamento, pelas condições de consumo e sobrevida associadas ao endividamento, seja pelas possibilidades de retomada do crescimento da economia e estabilidade desejadas para 2023.

Segundo Cristina Helena de Mello, professora de economia da ESPM, o aumento no endividamento está associado à menor renda real das famílias em função da elevação de preços. “Mesmo os esforços realizados em ano eleitoral e que resultaram em crescimento da massa salarial real efetivamente recebida não foram suficientes para conter o endividamento”, diz.

Para a especialista, não existem  fontes consistentes para a retomada do crescimento da economia em 2023. Os motivos se dão  pelas dificuldades  da renda familiar, despesas e investimentos das empresas, ou pelo alto gasto do governo (ainda contido por regras orçamentárias limitantes), com exportações líquidas em cenário externo desfavorável.

“Para um melhor planejamento, as famílias devem realizar um levantamento de suas dívidas em diferentes modalidades. É importante olhar o estoque da dívida e não apenas seu fluxo. Fazer as perguntas: estou conseguindo pagar mensalmente minha conta de cartão de crédito? E, se perder o emprego, terei dinheiro e conseguirei pagar essa dívida? Nestes casos, sugere-se utilizar o décimo terceiro como forma de redução no estoque de dívida neste fim de ano”, afirma Mello.

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