Advogado do Potiguar critica omissão do TJD diante de casos de racismo
O departamento jurídico do Potiguar se posicionou a respeito do caso de racismo, praticado contra o técnico Nilson Corrêa, na partida diante do Globo, na última quarta-feira, 9, em Ceará-Mirim. Na ocasião, um torcedor do Globo chamou o treinador de “macaco”, o que gerou a revolta dos membros da diretoria do clube mossoroense, presentes na arquibancada do estádio Barrettão.
O fato foi relatado às forças de segurança no local, porém, não houve o registro do boletim de ocorrência por parte do treinador alvirrubro, pelo menos, por enquanto.
Segundo o advogado do Potiguar, Williams Segundo, o clube tem oferecido todo o suporte ao técnico Nilson, para que, no momento em que ele desejar, sejam tomadas todas as medidas cabíveis.
Vale lembrar que este é o segundo caso de racismo contra integrantes da comissão técnica do Potiguar em menos de um ano. Em 2021, o Supervisor de Futebol, Sandro Moreira, também foi chamado de “macaco” pelo preparador de goleiros do ABC, Francisco de Assis, conhecido como Pombo. O caso foi levado à delegacia de plantão para registro da ocorrência. No entanto, não houve nenhum desdobramento.
Diante de mais um caso de racismo, o advogado pede uma providência dos órgãos desportivos.
– Ainda esperamos algum parecer da procuradoria do TJD sobre o fato. Mas, já esperamos que não tivesse nenhum desenrolar, tendo em vista o histórico de omissão do Tribunal. Vale lembrar o fato ocorrido no último jogo contra o ABC, quando houve o crime de injúria racial contra o nosso supervisor Sandro. Nós prestamos todos os esclarecimentos na época, mas até o presente momento não houve nenhuma punição. É lamentável que isso aconteça e que os órgãos desportivos responsáveis permaneçam omissos diante desses fatos – afirmou.
Curiosamente, o fato acontece às vésperas do duelo contra o ABC, que será realizado neste domingo, 13, às 16h, no Estádio Nogueirão, pela quarta rodada do segundo turno do Campeonato Estadual.