Motoristas de aplicativo em Mossoró impõem cobranças indevidas e assustam usuários, principalmente à noite

Usuários de transporte por aplicativo em Mossoró têm enfrentado um problema crescente e preocupante: motoristas que cobram valores adicionais indevidos, mesmo após aceitarem a corrida nas plataformas digitais. A prática, além de ilegal, tem provocado revolta e insegurança entre os passageiros, especialmente durante o período noturno.
Segundo relatos colhidos pelo portal, os casos mais comuns ocorrem após o passageiro solicitar a corrida normalmente pelo aplicativo, com o preço previamente definido pela plataforma. No entanto, ao chegar ao local de embarque, o motorista impõe um valor extra, que pode chegar ao dobro da tarifa estipulada. Em muitos casos, o passageiro se vê coagido a aceitar a cobrança por não ter outra alternativa de transporte disponível, principalmente em horários de menor movimentação ou em bairros mais afastados.
“Solicitei uma corrida que custava R$ 12, mas quando entrei no carro, o motorista disse que só faria por R$ 20. Ele já estava no local e eu estava sozinha, à noite, então acabei pagando, com medo de ficar ali”, relatou uma jovem estudante universitária, que preferiu não se identificar.
A prática, que contraria as regras das principais plataformas de transporte, também levanta preocupações quanto à segurança. Como o pagamento é feito por fora do aplicativo, não há rastreio da corrida, o que expõe ainda mais os usuários.
A reportagem conversou com um representante de empresa por app, que reforçou que qualquer tipo de cobrança extra é proibida e pode resultar no desligamento do motorista da plataforma. Também orienta que os passageiros denunciem os casos diretamente pelos canais de suporte nos aplicativos.
Outra orientação é que, qualquer prática abusiva deve ser denunciada às autoridades policiais e aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
Enquanto isso, os passageiros seguem reféns de uma prática que desvirtua a proposta do serviço e gera riscos. “Ou você paga o valor abusivo, ou fica na rua. É injusto e perigoso”, desabafou outro usuário, vítima do mesmo tipo de abordagem.