Recuperado de uma lesão que o afastou das pistas por mais de um ano, o piloto de bicicross Junior Banana voltou a sentir o sabor do pódio em seu retorno às competições.
No último final de semana, Júnior garantiu o vice-campeonato da Copa Brasil BMX, em Recife-PE, em um desafio de muita superação.
-O resultado foi bom, mas poderia ter sido melhor, se eu não estivesse vindo de lesão. Ainda por cima, me machuquei nos treinos. Posso dizer que corri na “raça”. Todos que correram comigo tinham idade para serem meus filhos – ressaltou.
Porém, se para ele sobra experiência e dedicação, falta ainda o apoio financeiro para seguir competindo e buscando novas conquistas.
-Tive de deixar de pagar as contas para ir – acrescentou.
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No bicicross, o calendário prevê viagens para dentro e fora do país. Ou seja, só o talento não basta. É preciso algo mais. Um exemplo disso foi a participação na Copa do Mundo de Supercross, que aconteceu em setembro de 2022, na Colômbia.
– Na ida para Colômbia eu tirei do bolso R$ 12 mil reais. Já nos próximos finais de semana irão ser realizados as 4 etapas finais da Copa do Mundo, na Argentina. Lutei muito para estar lá, mas já gastei muito do meu bolso – revela.
Nesse contexto, a aposentadoria das pistas já é visto como algo próximo para o atleta paraense, que carrega o nome do bicicross em Mossoró há vários anos.
-Eu tenho o melhor resultado em mundiais em elite de todas as modalidades de bikes da história do Rio Grande do Norte. Em 2000, fiquei entre os 30 melhores do mundo. Como um paraense que veio defender Mossoró e quase sem reconhecimento dos que poderia fazer algo. Cheguei aos 47 anos cheio de elogios, mas sem patrocínio para poder fazer o que sei de melhor. Garanto que que posso “assustar” muita gente como venho fazendo, mas é preciso estar no ritmo viajando e correndo – concluiu.
