Cultura

Mossoró: “Baluartes da Nossa História”

A história de Mossoró está fundamentada no trabalho de seis grandes pesquisadores que são: Francisco Fausto de Souza, Luís da Câmara Cascudo, Vingt-un Rosado Maia, Raimundo Nonato da Silva, Lauro da Escóssia e Raimundo Soares de Brito. Não se pode escrever nada sobre a história de Mossoró sem citar um ou mais dos estudiosos acima. Cada um com seu estilo próprio, cada um com suas interpretações dos fatos, interpretações essas que são sempre apoiadas por vasta documentação, cada um com suas verdades.  E nós, que ousamos recontar a cada semana um pouco da nossa história, resolvemos relembrar um pouco desses verdadeiros baluartes da nossa história:

Francisco Fausto de Souza – nasceu em Mossoró/RN no dia 19 de maio de 1861. Foi Intendente de Areia Branca de 1911 a 1928 (6 legislaturas consecutivas). Presidente da Intendência de 1914 a 1928 e Prefeito Constitucional de 1929 a 8 de outubro de 1930. Era funcionário público e industrial. Maçom e abolicionista, tendo participado da memorável campanha de 1883, quando Mossoró foi declarada livre da mancha negra da escravidão. Foi Deputado Estadual por várias vezes. Ninguém conhecia mais a história de Mossoró do que ele. Foi memorialista, genealogista e pesquisador. Faleceu na cidade de Areia Branca no dia 14 de janeiro de 1941.

Luís da Câmara Cascudo – nasceu em Natal/RN a 30 de dezembro de 1898. Estudou humanidades no Ateneu norte-rio-grandense, cursando posteriormente Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro até o 4º ano quando desistiu da carreira, ingressando na Faculdade de Direito do Recife, onde formou-se em 1928. Publicou mais de 140 livros no Brasil e exterior, sendo o nosso expoente cultural de maior expressão. Era historiador, etnógrafo, folclorista, antropologista, sociólogo, ensaísta, jornalista, memorialista, cronista e romancista de costumes. Faleceu em Natal no dia 30 de julho de 1986.

Vingt-un Rosado Maia – nasceu em Mossoró/RN a 25 de setembro de 1920. Engenheiro Agrônomo, fundador da ESAM – Escola Superior de Agronomia de Mossoró e membro de várias sociedades culturais e científicas do país. Foi o maior conhecedor da história de Mossoró. Seus estudos vão da Zootecnia, Botânica, Paleontologia, Estatística, Geografia, Malacologia, Geologia, Arqueologia até a história. Através de sua Fundação, a Fundação Vingt-un Rosado, a história de Mossoró foi registrada.

O professor Jerônimo vingt-un Rosado Maia faleceu no dia 21 de dezembro de 2005, aos 85 anos de idade, deixando um enorme vazio na cultura do Oeste Potiguar.

Raimundo Nonato da Silva – nasceu em Martins/RN no dia 18 de agosto de 1907. Formado em Direito pela Faculdade de Alagoas, ingressou no Ministério Público, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Foi professor, magistrado, jornalista, cronista, historiador, escritor e poeta. Faleceu no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1993.

Lauro da Escóssia – nasceu em Mossoró/RN em 14 de março de 1905. Iniciou-se no jornalismo por volta de 1922, no centenário jornal “O Mossoroense”, do qual mais tarde seria seu Diretor. Foi memorialista, genealogista e historiador. Faleceu em 19 de julho de 1988.

Raimundo Soares de Brito – nasceu em Caraúbas/RN em 23 de abril de 1920. Foi comerciário, comerciante, agente municipal de estatística, agente postal telegráfico e gerente telegráfico, função na qual se aposentou por tempo de serviço. Desde então passou a se dedicar ao estudo da histórica do Oeste potiguar. Raibrito, como era chamado pelos que desfrutavam da sua amizade.

Faleceu em Natal/RN, em 27 de novembro de 2012, aos 92 anos de idade.

Sobre estes seis historiadores se apoia a cultura de Mossoró. Francisco Fausto, Câmara Cascudo, Raimundo Nonato, Lauro da Escóssia e Vingt-un Rosado e Raimundo Soares de Brito já não estão entre nós; se imortalizaram  através de suas obras.

Geraldo Maia – colunista

É Notícia Mossoró

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