A Universidade Federal Rural do Semi-Árido deu nesta quinta-feira, 24, importante passo para a projeção internacional. A instituição recebeu o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o engenheiro Carlos Augusto Teixeira de Moura, que estava acompanhado do chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Pericles Riograndense Cardim da Silva. O gestor veio conhecer o potencial da Universidade para consolidação de parceria entre as duas instituições.
O encontro entre o presidente da AEB, Carlos Moura, com os pesquisadores e membros da equipe de gestão da Universidade, aconteceu na Sala dos Conselhos Superiores, numa reunião presidida pela reitora da UFERSA, professora Ludimilla Oliveira. Na ocasião, os professores das áreas de astronomia, astrofísica, física e geoprocessamento apresentaram seus projetos de pesquisas.
Após ouvir os docentes, o presidente da AEB ficou convencido sobre o potencial da Universidade para a assinatura de um convênio que vem sendo elaborado e que, em breve, será assinado. “A UFERSA tem o que estamos procurando que é conectar a atividade espacial com a realidade concreta da sociedade”, afirmou Carlos Moura. São projetos nas áreas: ambiental, segurança pública, educação, entre outras.
“O espectro social é muito amplo, porém, a pequena amostragem que tivemos aqui comprova que a Universidade já dispõe de projetos interessantes com links para o que já realizamos”, adiantou o presidente já acenando com atividades concretas da UFERSA em projetos da Agência Espacial Brasileira junto a NASA.
O convênio, em fase de elaboração, é para que a Universidade Federal Rural do Semi-Árido assuma, em substituição ao INPE, o projeto desenvolvido pela NASA, na Rádio Observatório de Eusébio, no Ceará. “A consolidação dessa iniciativa abrirá muitas perspectivas seja com que já temos ou com novas colaborações”, afirmou Carlos Moura.
Em Eusébio, a NASA mantém uma rede mundial de radiotelescópios responsável por detectar irregularidades na rotação da terra, que sem os ajustes dos satélites poderão acarretar prejuízos para humanidade. “Com a saída do INPE vamos colocar a UFERSA, que juntamente com a Universidade Mackenzie, de São Paulo e, a AEB, será uma das executoras, ficando responsável pela gestão da área, dando apoio à atividade técnica que continuará sendo mantida pela NASA”, adiantou.
O presidente ressaltou ainda sobre a importância de sair do plano das ideias e partir para ações concretas, assegurando que a Estação de Eusébio é conhecida como uma das melhores do mundo, sendo responsável, inclusive, por detectar anomalias geofísicas da terra e falhas no Sistema de Posicionamento Global, mais conhecido como GPS.
Para a reitora da UFERSA, professora Ludimillla Oliveira, a presença do presidente da AEB representa uma marco histórico nos 55 anos de instituição. “Estamos concluindo os trâmites legais para que, em muito breve, realizaremos a solenidade de assinatura do acordo de cooperação técnica”, adiantou. Ainda segundo a reitora, o convênio representa um divisor de águas ao possibilitar a produção de ciência e tecnologia vocacionadas por um organismo internacional como a NASA, apresentando ao mundo estudos de referência sobre o semiárido brasileiro ”, frisou.
Após o encontro com os pesquisadores da UFERSA, o presidente da AEB Carlos Augusto Moura visitou as instalações da Universidade, com parada nas obras do Parque Tecnológico do Semiárido que vem sendo construído pela UFERSA no Campus Mossoró.
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