Mercado Financeiro: Retrospectiva 2021
No começo de 2021, foi marcado pela esperança de uma vacinação em massa, bem como uma retomada econômica sólida e rápida. No entanto, diversos fatos conduziram o mercado financeiro para uma direção distinta da esperada.
Na bolsa de valores, o ano de 2021 foi marcado por diversas modificações de cenários. Nos primeiros meses do ano, com a expectativa do início da vacinação e reabertura da economia dos países, a bolsa de valores alcançou a marca de 130 mil pontos no sexto mês do ano. No entanto, o retardo das reformas, a flexibilização do teto de gastos, o aumento da inflação e juros contribuíram para uma mudança drástica do cenário financeiro no país.
Em 2021, muitas empresas realizaram o IPO (Initial Public Offering) nas bolsas de valores dos países. No Brasil, ocorreram 45 ofertas públicas iniciais que movimentaram R$ 65,3 bilhões – maior recorde desde 2007. Na IBOVESPA, o setor de petróleo e gás, em meio à retomada econômica e aumento da demanda, contribuiu significativamente para o crescimento da bolsa de valores do país.
Seguindo essa linha de raciocínio, lista-se cinco ações com melhor comportamento e cinco ações com pior desempenho na bolsa de valores. Por um lado, a EMBR3 (137,9%), BRKM5 (137,7%), MRFG3 (63,1%), JBSS3 (60,3%) e PCAR3 (50,8%) são as organizações que alcançaram melhores desempenhos. Por outro lado, CIEL3 (-44,9%), CYRE3 (-46,2%), COGN3 (-46,4%), IRBR3 (-46,9%) e NTCO3 (-47,4%) apresentam resultados negativos expressivos.
De modo geral, pode-se dizer que os principais acontecimentos no mercado financeiro no país e no mundo foram os seguintes:1) Short Squeeze de ações da GameStop causam caos em Wall Street; 2) IPO da Raízen; 3) ações da Magazine Luiza caem; 4) IPO Nubank em Nova York e na B3; 5) Após alcançar uma taxa mínima histórica (2%), a SELIC volta a crescer e atinge 9,25%.
Por fim, afirma-se que as expectativas para 2022 envolvem incertezas fiscais, sociais, econômicas, eleitorais; tendo em vista os elementos que já foram mencionados no presente texto (aumento de gastos, inflação, desemprego, eleição presidencial, taxa de juros elevada).
Bruno José – Colunista
“É Notícia Mossoró”