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O efeito do aumento no preço do combustível no bolso do consumidor

Sem dúvidas, o consumidor brasileiro vem sentindo o efeito do aumento da taxa de inflação no bolso. É de comum acordo que essa elevação está associada com o acréscimo recorrente e notório nos preços dos combustíveis no país. Mas afinal, qual é o efeito quantitativo do aumento no preço da gasolina sobre o salário dos consumidores?

De acordo com os dados da Petrobras, o Rio Grande do Norte possui o segundo maior preço cobrado na bomba (R$6,68) no Brasil. Esse valor é formado, principalmente, por quatro elementos, são eles: valor realizado pela Petrobras (R$1,98); distribuição, renda e etanol anidro (R$2,08); impostos federais (R$0,69) e imposto estadual (R$1,92).

Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 03 de outubro de 2021 a 09 de outubro de 2021, o preço médio da gasolina aditivada em Mossoró era de R$6,72. No entanto, vale lembrar que esse preço ainda precisa ser atualizado, pois houve um novo aumento após a data de coleta (04 de outubro de 2021).

Se for consideradas as seguintes hipóteses: I) uma família que recebe dois salários mínimos ao mês (R$2.200); II) a família possui somente um carro; III) o tanque do veículo tem capacidade para 54 litros; IV) a família precisa abastecer o tanque completamente, pelo menos, uma vez ao mês.

Logo, uma família potiguar precisa destinar R$360,72 (ao mês) apenas para o abastecimento do veículo, ou seja, cerca de 16,39% do salário recebido. Em Mossoró, o cenário é semelhante: as pessoas precisam reservar R$362,88, isto é, 16,49%. Portanto, o efeito do aumento dos preços dos combustíveis é algo que possui um peso significativo no processo do planejamento orçamentário familiar.

É verdade que no último dia 13 de outubro do ano corrente, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que muda as regras do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), dessa forma, visando a redução dos preços dos combustíveis. Em linhas gerais, a proposta estabelece que o ICMS cobrado deve ser calculado baseado no preço médio dos combustíveis nos dois últimos anos anteriores. No entanto, a proposta ainda é vista como algo dúbio e sem aprovação unânime dos especialistas.

Bruno José – Colunista

“É Notícia Mossoró”

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