A sessão dessa sexta-feira (20), na Câmara Municipal de Grossos foi bem movimentada e contou com a presença de todos os vereadores.
A polêmica ficou por conta da não aprovação imediata de um requerimento da vereadora Amélia Paiva (PP), que solicitava, por parte do município, informações a respeito de um contrato de locações de veículos que chegava a quase dois milhões e meio de reais.
O valor, que consta no portal de transparência do município, é tido como um valor muito alto, levando em consideração o porte da cidade. Para se ter uma ideia, com esse valor seria possível a aquisição de aproximadamente 40 carros “populares”, estilo HB20, no valor de 60 mil reais, cada, de forma permanente e sem aluguel.
Líder do governo na Câmara, o vereador Dauster Renard (PSDB) solicitou pedido de vista que, posteriormente, foi subscrito pelo presidente da Câmara, Fabyellyson (PSDB), e assinado por 6 vereadores, adiando a prestação de informações do parte do município e levando o requerimento para ser discutido em uma outra oportunidade.
Fabyellyson justifica que a solicitação de informações, como marca e modelos de veículos solicitados, ferem os termos da licitação. Ele ainda argumenta que esse valor não é o gasto necessário, mas sim, um teto máximo. E com o respaldo dos vereadores da situação Alexandre Santos (PSB), Gustavo (PCdoB), João Carlos (SDD), Dauster Renard (PSDB), Dorinha (PSC) e Cintia Seabra, não deu prosseguimento com o requerimento, fazendo valer o pedido de vista que adiará o andamento das informações, caso o aprovem numa futura sessão.
“Muito me entristece saber que estamos ali para servir o povo e de uma forma totalmente coletiva, a câmara se recusa aprovar um requerimento de extrema importância para que a população soubesse para onde está indo os proventos do município, o dinheiro que é do povo”, destacou a vereadora Amélia (PP)
Autora do requerimento, a vereadora enfatiza ainda que a solicitação veio a pedido popular.
“Muita gente me procurou pedindo uma justificativa, querendo uma satisfação, e como vereadora o mínimo que poderia fazer era a solicitação dessas informações, e acredito ainda que se não houvesse nenhuma irregularidade, a Câmara teria aprovado de imediato, o que mostra ainda mais a incerteza de uma licitação com valores absurdos no qual não estamos vendo de forma clara a sua finalidade”. Finalizou a parlamentar.